NOVIDADES: LIVROS - ADIQUIRA JÁ O SEU!!!
Compreendendo Todas as Parábolas de Jesus - Klyne Snodgrass

Nesta obra o autor discute acerca das parábolas de Jesus com sensibilidade teológica, com atenção cuidadosa para comparar tradições judaicas e greco-romanas, e em um diálogo com a literatura secundária. Eruditos e estudantes igualmente apreciarão sua admirável clareza e inúmeras sugestões recentes. Convicto de que as parábolas são a avenida mais certa para ter acesso aos ensinamentos de Jesus. Klyne Snodgrass analisa todas elas com habilidade, cuidado e imaginação. Ele delineia passos para o intérprete seguir, fornecer material sobre o contexto histórico e cultural.

O período interbíblico - Enéas Tognini


 400 anos! Esse é o tempo que decorre entre o fim do Antigo Testamento e os acontecimentos do Novo Testamento.
Esse tempo é conhecido como Período Interbíblico, que marca o silêncio profético de Malaquias até a pregação de João Batista. Durante muito tempo, esse período de silêncio recebeu muita atenção.
Contudo, por meio deste livro, o respeitado pastor e professor Enéas Tognini mostra-nos a importância deste período para a compreensão do Novo Testamento, sobretudo os evangelhos. Além de conduzir o leitor a uma viagem de Abraão e Malaquias, O período interbíblico revela as transformações pelas quais o judaísmo passou entre os persas, os gregos e os romanos até se tornar o que nos dias de Jesus.
Também como surgiram as principais seitas do judaísmo, como os saduceus, os fariseus e os enigmáticos essênios.
E o mais importante: explica como Deus agiu na preparação social e espiritual do mundo para a vinda do Messias.

Pós-modernismo - Staley J. Grenz


Compreenda os contextos ético, cultural e intelectual de nossos dias ao ler esta obra.
Por que a mensagem do pastor, tão bem preparada, nem sempre consegue chamar a atenção de sua comunidade?
Por que os cristãos mais jovens, quando entram nas universidades, perdem o interesse pelas atividades da igreja?
Essas e muitas outras questões preocupam os pastores e líderes que querem dar relevância à proclamação do evangelho em tempos pós-modernos. Muitos deles não conseguem compreender o pós-modernismo e por isso têm dificuldade em criar estratégias para falar de Deus nos dias de hoje. Foi para ajudar esses pastores e líderes que Stanley J. Grenz escreveu este livro. Nele você encontrará um estudo que o ajudará a entender as razões que levaram ao esgotamento das promessas e filosofias da modernidade e ao surgimento dessa nova maneira de ver o mundo.

A Espada e a Tocha - Rick Joyner
 
"A Espada e a Tocha" é a continuação da mensagem profética iniciada em "A Batalha Final" e "O Chamado".
O entendimento da profecia foi colocado intencionalmente em uma posição além da esfera da ciência e sabedoria humanas.
Compreendê-la pode ser embaraçoso e desanimador para aqueles que acreditam depender de suas próprias habilidades. Mas, para os que tão somente confiam no Senhor, os mistérios fazem parte dessa aventura gloriosa, que é a grande busca pela face de Deus.
Que a mensagem deste livro leve vida e inspiração para você que o lê, uma vida que testifica que o Céu é real, e que nosso Rei está assentado em um trono acima de todos os outros.

Por que ler?

Este livro trará inspiração à sua vida espiritual e moverá seu coração em busca dos dons espirituais. Você, que deseja receber as honras da cruz, recusa-se a recuar na batalha e está disposto a ser usado tremendamente pelo Espírito Santo, junte-se ao autor nesta jornada que irá despertá-lo para o chamado de Deus no tempo presente.
A Revolução do Amor - Joyce Meyer

A REVOLUÇÃO:
Eu adoto a compaixão e abro mão das minhas desculpas.
Eu me levanto contra a injustiça e me comprometo a demonstrar em ações simples o amor de Deus.
Eu me recuso a não fazer nada.
Esta é a minha decisão.
EU SOU A REVOLUÇÃO DO AMOR.
Com capítulos escritos pelos convidados Darlene Zschech da Hillsong, Martin Smith do Delirious?, pelos Pastores Paul Scanlon e Tommy Barnett, e por John Maxwell, A REVOLUÇÃO DO AMOR apresenta uma nova maneira de viver que transformará a sua vida e o seu mundo.Sinopse: 
 
Re-vo-lu-ção: uma transformação repentina, radical e completa na forma como as coisas normalmente são feitas.

Revolução. A própria palavra produz centelhas de esperança, desperta a paixão e inspira lealdade como nenhuma outra palavra do vocabulário humano. Ela nos faz imaginar um pequeno grupo de pessoas que não estão dispostas a continuar vivendo como viveram no passado. 
 
“Creio que esta é a hora para a próxima revolução mundial, a maior revolução de todas”, diz Joyce Meyer. “Não precisamos de uma revolução baseada na política, na economia ou na tecnologia, precisamos de uma revolução de amor”.

O livro que você tem em mãos é perigoso – é um manual revolucionário. Não é apenas um chamado à ação, mas também um chamado para ser... ser a pessoa que ajuda um amigo necessitado... que ajuda um estranho necessitado... que pratica ações arrojadas de bondade.

Joyce Meyer enfatiza que se vivermos para nós mesmos, jamais ficaremos satisfeitos. A Bíblia ensina que somente quando nos entregamos é que recebemos não apenas o que demos, mas também bônus e bênçãos.
 
Joyce Meyer é uma das principais mestras da Bíblia do mundo. Autora de best-sellers em primeiro lugar na lista do New York Times, Joyce escreveu mais de oitenta livros inspiradores, inclusive toda a família de livros da série Campo de Batalha da Mente, assim como muitos outros. Ela também lançou milhares de ensinamentos em áudio e uma biblioteca completa de vídeos. Seus programas de rádio e televisão Desfrutando a Vida Diária® são transmitidos em todo o mundo, e ela viaja intensamente realizando conferências. Joyce e seu marido, Dave, são os pais de quatro filhos adultos e residem em St. Louis, Missouri.
  
Bíblia Judaica Completa - David H. Stern


A Bíblia Judaica Completa tem a tradução de David H. Stern
Esta bíblia é diferente das outras por ser a única na versão portuguesa com seu estilo e apresentação completamente judaicos. Ela inclui a nova versão do Tanakh, feita pelo dr. Stern (Antigo Testamento), bem como seu aclamado novo testamento judaico.

Na Bíblia Judaica Completa você encontrará:
 
- Segue a ordem hebraica dos livros de Tanakn, a ordem com a qual Yeshua estava acostumado
- Apresenta os nomes hebraicos originais de pessoas, lugares e conceitos por meios de transliterações fáceis de ler.
- Concentra-se nas profecias messiânicas
- Não faz nenhuma separação entre Antigo e Novo Testamentos
- Corrige traduções equivocadas do Novo Testamento, resultantes da ambientação teológica antijudaica
- Apresenta o plano de leitura semanal de leituras feitas na sinagoga (e também dos dias de festas) com a adição de leituras relevantes da B'rit Hadashah (Novo Testamento).
- Conecta os cristãos com suas raízes judaicas e com o povo judeu.
- Liga os judeus à judaicidade do Messia Yeshua e da fé messiânica.
Outra característica desta versão bíblica: uma introdução completa, um glossário com explicações de pronúncia, uma glossário invertido e mapas especiais para auxiliar o entendimento da Bíblia.

A Bíblia Judaica Completa demonstra que a palavra de Deus - de Gênesis a Revelação - é um livro judeu unificado, disponível a todos: judeus e não judeus.
  
Novo Testamento Judaico - David H. Stern

 Uma nova tradução do Novo Testamento que transformará seu entendimento da Bíblia.

Mais que uma obra sobre judeus, este é um livro judaico feito por judeus, para judeus e gentios. Sua personagem central, o Messias Yeshua (Jesus), era e é um judeu. A expiação vicária, a salvação, a imersão (batismo), a nova aliança e o verdadeiro conceito de Messias são todos temas judaicos. Em suma, o Novo Testamento tem como alicerce e ao mesmo tempo completa as escrituras hebraicas.

Usando nesta versão para o português os mesmos parâmetros da tradução dos originais gregos para o inglês, o Novo Testamento Judaico apresenta linguagem moderna e agradável. O texto desafia os judeus a compreender que Yeshua é um amigo para todo coração judeu e que o Novo Testamento é um livro judeu repleto de verdades a serem aceitas e praticadas.

Ao mesmo tempo, embora reafirmando a igualdade de gentios e judeus na comunidade messiânica, ele desafia os cristãos a reconhecer o caráter judaico de sua fé e sua unidade com o povo judeu.


Este mundo: Lugar de lazer ou Campo de Batalha? - A.W.Tozer


Livro Este Mundo: Lugar de Lazer ou Campo de Batalha? - A. W. Tozer

Nos últimos anos vem acontecendo um movimento em busca de um tipo de vida cristã em um nível mais elevado. Os cristãos estão percebendo a necessidade de reexaminar sua filosofia de vida à luz da Bíblia. O mundo está perdido, porém na Bíblia encontramos o mapa para navegar neste desconhecido oceano. O fato de estarmos neste mundo é algo constantemente questionado.

Estaríamos aqui para lutarmos ou somente para brincarmos? Muitos desconhecem o real motivo de estarem na Terra, vivem de forma superficial e deixam tudo acontecer ao redor sem interferirem em nada, porém o Senhor deu a cada um de nós uma missão, um porquê de estarmos vivendo. "Este mundo: Lugar de lazer ou campo de batalha?" nos mostrará que devemos estar em constante luta, inconformado e com o desejo de vencer as barreiras com uma visão correta de Deus e do mundo futuro.

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearlman 


É necessário que todo cristão adquira conhecimento básico das doutrinas expostas na Bíblia. Compreendendo essa necessidade, Myer Pearlman reuniu neste livros um vasto material e informações de grande valor. Esta obra se dirige tanto ao cético como ao crente que deseja melhorar seus conhecimentos bíblicos, a fim de estar sempre preparado para responder com mansidão e temor "a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós". Este é um livro excelente para estudo bíblico, merecedor de lugar de destaque em todo lugar, onde há pessoas que desejam compreender melhor a Palavra de Deus. O autor Myer Pearlman foi um grande pesquisador, e um dos mais apaixonados estudiosos das Escrituras. Deus o abençoou grandemente no seu ministério de ensino da Bíblia. Em Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, ele coloca ao alcance dos leitores o fruto dos muitos anos que passou estudando cuidadosamente a Palavra de Deus.

A Bênção da Torà - Larry Huch


Descubra as raízes judaicas de sua fé cristã através da obra do aclamado escritor e autoridade no assunto, Pastor Larry Huch. Ele o levará a uma incrível jornada pelas verdades escondidas que existem na Torá e na Palavra de Deus. Esta revelação trará vida à Bíblia como nunca antes, e liberará novos milagres e bênçãos na sua vida, ministério, família e nanças.

Começando por sua própria experiência nas ruínas de uma antiga sinagoga em Cafarnaum, o Pastor Larry revela verdades espirituais poderosas que irão colocá-lo em contato com as ricas heranças de sua fé - desde Abraão, Isaque e Jacó até Jesus.

A Bênção da Torá o ajudará a descobrir:

• O que o apóstolo Paulo quis dizer quando ensinou que aqueles que acreditam são “enxertados” (Romanos 11:17).
• Como as festas bíblicas possuem as chaves para liberar um fl uir contínuo das bênçãos da aliança.
• Por que o Shabat é o tempo determinado por Deus para liberar sobre o Seu povo promessas sobrenaturais.
• Como o xale de oração judaico traz a promessa de “cura em Suas asas” (Malaquias 4:2).
• Como a profecia bíblica está sendo cumprida para unir judeus e cristãos nesses tempos do fim.

Comece sua própria jornada hoje mesmo, vivenciando a experiência da revelação sobrenatural e do destino espiritual encontrados em A Bênção da Torá... quando os mistérios forem revelados, os milagres serão liberados!

Sobre o autor: Larry Huch é o fundador e pastor sênior da DFW New Beginnings, em Irving,
estado do Texas. O Pastor Larry e sua esposa, Tiz, deram início a um ministério que já tem mais de trinta anos e está presente em dois continentes.

O Pastor Larry é pioneiro na área de quebra de maldições familiares, que foi tema de seus livros anteriores, Free at Last (Finalmente livre) e 10 Curses Th at Block the Blessing (Dez Maldições que Impedem a Bênção). Ele acredita rmemente na bênção que há em estudar, compreender e ensinar a Palavra sob a perspectiva judaica.



A Morte na Panela: Uma ameaça real à Igreja - Hernandes Dias Lopes


Este livro é um grito de alerta à igreja evangélica Brasileira. Uma doença grave está atingindo as entranhas da igreja em nosso País. Essa doença está sendo causada por intoxicação alimentar. Há morte na panela. O pão nutritivo está sendo sonegado, as pessoas estão comendo o refugo de doutrinas. É preciso voltar a palavra de Deus para que haja salvação para os perdidos e vida abundante para a igreja.

A Oração: Quando a terra governa o Céu

 

Todas as vitórias são possíveis quando permanecemos firmes, em posição de triunfo. Você sabe como fazer isso? Por que se conformar com migalhas quando Deus lhe fez uma promessa extraordinária: “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei” (João 14:14)
  • Como ligar e desligar na terra.
  • Como orar segundo a vontade de Deus.
  • Como exercer na oração a autoridade de filho de Deus.
  • Como orar com eficácia em nome de Jesus.
Com a ajuda de um dos maiores expoentes do cristianismo, você obterá estímulo para sua vida de oração e aprenderá a superar obtáculo para avançar nessa importante área da vida cristã.
Leia A Oração: Quando a Terra Governa o Céu e seu relacionamento com Deus se estreitará e será enriquecido.

Contanto: Marcos Felipe - Colportor CPAD

 

A alma Católica dos Evangélicos no Brasil

Augustus Nicodemus

Os evangélicos no Brasil nunca conseguiram se livrar totalmente da influência do Catolicismo Romano. Por séculos, o Catolicismo formou a mentalidade brasileira, a sua maneira de ver o mundo (“cosmovisão”). O crescimento do número de evangélicos no Brasil é cada vez maior – segundo o IBGE, seremos 40 milhões neste ano de 2006 – mas há várias evidências de que boa parte dos evangélicos não tem conseguido se livrar da herança católica. É um fato que a conversão verdadeira (arrependimento e fé) implica uma mudança espiritual e moral, mas não significa necessariamente uma mudança na maneira como a pessoa vê o mundo. Alguém pode ter sido regenerado pelo Espírito e ainda continuar, por um tempo, a enxergar as coisas com os pressupostos antigos. É o caso dos crentes de Corinto por exemplo. Alguns deles haviam sido impuros, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e roubadores. Todavia, haviam sido lavados, santificados e justificados “em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.9-11), sem que isso significasse que uma mudança completa de mentalidade houvesse ocorrido com eles. Na primeira carta que lhes escreve, Paulo revela duas áreas em que eles continuavam a agir como pagãos: na maneira grega dicotômica de ver o mundo dividido em matéria e espírito (que dificultava a aceitação entre eles das relações sexuais no casamento e a ressurreição física dos mortos – capítulos 7 e 15) e o culto à personalidade mantido para com os filósofos gregos (que logo os levou a formar partidos na igreja em torno de Paulo, Pedro, Apolo e mesmo o próprio Cristo – capítulos 1 a 4). Eles eram cristãos, mas com a alma grega pagã. Da mesma forma, creio que grande parte dos evangélicos no Brasil tem a alma católica. Antes de passar às argumentações, preciso esclarecer um ponto. Todas as tendências que eu identifico entre os evangélicos como sendo herança católica, no fundo, antes de serem católicas, são realmente tendências da nossa natureza humana decaída, corrompida e manchada pelo pecado, que se manifestam em todos os lugares, em todos os sistemas e não somente no Catolicismo. Como disse o reformado R. Hooykas, famoso historiador da ciência, “no fundo, somos todos romanos” (Philosophia Liberta, 1957). Todavia, alguns sistemas são mais vulneráveis a essas tendências e as absorveram mais que outros, como penso que é o caso com o Catolicismo no Brasil. E que tendências são essas?

1) O gosto por bispos e apóstolos – Na Igreja Católica, o sistema papal impõe a autoridade de um único homem sobre todo o povo. A distinção entre clérigos (padres, bispos, cardeais e o papa) e leigos (o povo comum) coloca os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas normais, como se fossem revestidos de uma autoridade, um carisma, uma espiritualidade inacessível, que provoca a admiração e o espanto da gente comum, infundindo respeito e veneração. Há um gosto na alma brasileira por bispos, catedrais, pompas, rituais. Só assim consigo entender a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e apóstolos autonomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o excomungava e queimá-la na fogueira. A doutrina reformada do sacerdócio universal dos crentes e a abolição da distinção entre clérigos e leigos ainda não permearam a cosmovisão dos evangélicos no Brasil, com poucas exceções.

2) A idéia de que pastores são mediadores entre Deus e os homens – No Catolicismo, a Igreja é mediadora entre Deus e os homens e transmite a graça divina mediante os sacramentos, as indulgências, as orações. Os sacerdotes católicos são vistos como aqueles através de quem essa graça é concedida, pois são eles que, com as suas palavras, transformam, na Missa, o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo; que aplicam a água benta no batismo para remissão de pecados; que ouvem a confissão do povo e pronunciam o perdão de pecados. Essa mentalidade de mediação humana passou para os evangélicos, com poucas mudanças. Até nas igrejas chamadas históricas, os crentes brasileiros agem como se a oração do pastor fosse mais poderosa do que a deles e como se os pastores funcionassem como mediadores entre eles e os favores divinos. Esse ranço do Catolicismo vem sendo cada vez mais explorado por setores neopentecostais do evangelicalismo, a julgar por práticas já assimiladas como “a oração dos 318 homens de Deus”, “a prece poderosa do bispo tal”, “a oração da irmã fulana, que é profetisa”, etc.

3) O misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados – O Catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões afro-brasileiras, semeou misticismo e superstição durante séculos na alma brasileira: milagres de santos, uso de relíquias, aparições de Cristo e de Maria, objetos ungidos e santificados, água benta, entre outros. Hoje, há um crescimento espantoso, entre setores evangélicos, do uso de copo d’água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas, pentes santos do kit de beleza da rainha Ester, peças de roupa de entes queridos, oração no monte, no vale; óleos de oliveiras de Jerusalém, água do Jordão, sal do Vale do Sal, trombetas de Gideão (distribuídas em profusão), o cajado de Moisés... é infindável e sem limites a imaginação dos líderes e a credulidade do povo. Esse fenômeno só pode ser explicado, ao meu ver, por um gosto intrínseco pelo misticismo impresso na alma católica dos evangélicos.

4) A separação entre sagrado e profano – No centro do pensamento católico existe a distinção entre natureza e graça, idealizada e defendida por Tomás de Aquino, um dos mais importantes teólogos da Igreja Católica. Na prática, isso significou a aceitação de duas realidades coexistentes, antagônicas e freqüentemente irreconciliáveis: o sagrado, substanciado na Santa Igreja, e o profano, que é tudo o mais no mundo lá fora. Os brasileiros aprenderam durante séculos a não misturar as coisas: sagrado é aquilo que a gente vai fazer na Igreja: assistir Missa e se confessar. O profano – meu trabalho, meus estudos, as ciências – permanece intocado pelos pressupostos cristãos, separado de forma estanque. É a mesma atitude dos evangélicos. Faltanos uma mentalidade que integre a fé às demais áreas da vida, conforme a visão bíblica de que tudo é sagrado. Por exemplo, na área da educação, temos por séculos deixado que a mentalidade humanista secularizada, permeada de pressupostos anticristãos, eduque os nossos filhos, do ensino fundamental até o superior, com algumas exceções. Em outros países, os evangélicos têm tido mais sucesso em manter instituições de ensino que, além de serem tão competentes como as outras, oferecem uma visão de mundo, de ciência, de tecnologia e da história oriunda de pressupostos cristãos. Numa cultura permeada pela idéia de que o sagrado e o profano, a religião e o mundo, são dois reinos distintos e freqüentemente antagônicos, não há como uma visão integral surgir e prevalecer, a não ser por uma profunda reforma de mentalidade entre os evangélicos.

5) Somente pecados sexuais são realmente graves – A distinção entre pecados mortais e veniais feita pelo catolicismo romano vem permeando a ética brasileira há séculos. Segundo essa distinção, pecados considerados mortais privam a alma da graça salvadora e a condenam ao inferno, enquanto que os veniais, como o nome já indica, são mais leves e merecem somente castigos temporais. A nossa cultura se encarregou de preencher as listas dos mortais e dos veniais. Dessa forma, enquanto se pode aceitar a “mentirinha”, o jeitinho, o tirar vantagem, a maledicência, etc., o adultério se tornou imperdoável. Lula foi reeleito cercado de acusações de corrupção. Mas, se tivesse ocorrido uma denúncia de escândalo sexual, tenho dúvidas de que teria sido reeleito ou de que teria sido reeleito por uma margem tão grande. Nas igrejas evangélicas – onde se sabe pela Bíblia que todo pecado é odioso e que quem guarda toda a lei de Deus e quebra um só mandamento é culpado de todos – é raro que alguém seja disciplinado, corrigido, admoestado, destituído ou despojado por pecados como mentira, preguiça, orgulho, vaidade, maledicência, entre outros. As disciplinas eclesiásticas acontecem via de regra por pecados de natureza sexual, como adultério, prostituição, fornicação, adição à pornografia, homossexualismo, etc., embora até mesmo esses estão sendo cada vez mais aceitáveis aos olhos evangélicos. Mais um resquício de catolicismo na alma dos evangélicos?

O que é mais surpreendente é que os evangélicos no Brasil estão entre os mais anticatólicos do mundo. Só para ilustrar (e sem entrar no mérito dessa polêmica), o Brasil é um dos países onde convertidos do catolicismo são rebatizados nas igrejas evangélicas. O anticatolicismo brasileiro, todavia, se concentrou apenas na questão das imagens e de Maria e em questões éticas como não fumar, não beber e não dançar. Não foi e não é profundo o suficiente para fazer uma crítica mais completa de outros pontos que, por anos, vêm moldando a mentalidade do brasileiro, como mencionei acima. Além de uma conversão dos ídolos e de Maria a Cristo, os brasileiros evangélicos precisam de conversão na mentalidade, na maneira de ver o mundo. Temos de trazer cativo a Cristo todo pensamento, e não somente os nossos pecados. Nossa cosmovisão precisa também de conversão (2 Co 10.4-5).

Quando vejo o retorno de grandes massas ditas evangélicas às práticas medievais católicas de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas, me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro não é, na verdade, um filho da Igreja Católica medieval, uma forma de neocatolicismo tardio que surge e cresce em nosso país, onde até os evangélicos têm alma católica.

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