CONFERÊNCIA CARTAS VIVAS

CONFERÊNCIA CARTAS VIVAS

Em II Co 3 Paulo escreve sobre a vida de cada um de nós. Paulo fala sobre nossa história, nossa restauração e da vida de Cristo manifesta em cada um de nós. Paulo diz :  “ Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. IIC. 3:2-3 “. Entendemos que chegou o tempo de manifestar a glória de Cristo na vida de cada filho de Deus suas Cartas Vivas.
Essa sempre foi a vontade de Cristo, formar uma igreja viva que flua na sua identidade e, como cartas, possa impactar por onde passar, liberando o bom perfume de Cristo, para que Seu nome seja conhecido e formemos uma família de muitos irmãos semelhantes a Cristo Jesus.  É essa a leitura que temos desse tempo.
Em breve, você vai poder acompanhar em nosso blog a trajetória da equipe nesse projeto em textos, áudios e vídeos e também postar seus comentários para compartilhar conosco o que você quiser, assim caminhamos juntos rumo à simplicidade do evangelho.

Dias 17 a 19 de Dezembro, na Conferência Cartas Vivas, você pode fazer parte desse grande tempo! Veja como fazer sua inscrição. AS VAGAS SÃO LIMITADAS!

INSCRIÇÕES:

Envie os seguintes dados para o email cartasvivas.secretaria@gmail.com
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Valor 40,00 (Passaporte para 3 dias + Camisa da Conferência + CD Cartas Vivas do Rei )

Sua inscrição só será confirmada mediante depósito na conta abaixo:
Banco Caixa Econômica Federal
Agencia 0213
Conta Poupança 00009869-8
IV SEMINÁRIO PROFÉTICO - 2° Igreja Batista na Taquara
ENTREVISTA REVISTA ÉPOCA 2010
Nova reforma Protestante
Inspirado no cristianismo primitivo e conectado à internet, um grupo crescente de religiosos critica a corrupção neopentecostal e tenta recriar o protestantismo à brasileira
Ricardo Alexandre
EM CONSTRUÇÃO
Ilustração de um monumento em forma de cruz
Irani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.
Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais experientes.
Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.
Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, a hegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade” (leia o quadro na última pág.). Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.
Dentro do próprio meio, levantam-se vozes críticas a esse crescimento. Segundo elas, esse modelo de igreja, que prospera em meio a acusações de evasão de divisas, tráfico de armas e formação de quadrilha, tem sido mais influenciado pela sociedade de consumo que pelos ensinamentos da Bíblia. “O movimento evangélico está visceralmente em colapso”, afirma o pastor Ricardo Gondim, da igreja Betesda, autor de livros como Eu creio, mas tenho dúvidas: a graça de Deus e nossas frágeis certezas (Editora Ultimato). “Estamos vivendo um momento de mudança de paradigmas. Ainda não temos as respostas, mas as inquietações estão postas, talvez para ser respondida somente no futuro.”

SÍMBOLO
O cirurgião Irani Rosique (sentado, de camisa branca, com a Bíblia aberta no colo). Sem cargo de clérigo, ele mobiliza 2.500 pessoas no interior de Rondônia
Nos Estados Unidos, a reinvenção da igreja evangélica está em curso há tempos. A igreja Willow Creek de Chicago trabalhava sob o mote de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja” desde o início dos anos 1970. Em São Paulo, 20 anos depois, o pastor Ed René Kivitz adotou o lema para sua Igreja Batista, no bairro da Água Branca – e a ele adicionou o complemento “e uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar”. Kivitz é atualmente um dos mais discutidos pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos principais críticos da“religiosidade institucionalizada”. Durante seu pronunciamento num evento para líderes religiosos no final de 2009, Kivitz afirmou: “Esta igreja que está na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, e não com esta igreja evangélica brasileira.”
Essa espécie de “nova reforma protestante” não é um movimento coordenado ou orquestrado por alguma liderança central. Ela é resultado de manifestações espontâneas, que mantêm a diversidade entre as várias diferenças teológicas, culturais e denominacionais de seus ideólogos. Mas alguns pontos são comuns. O maior deles é a busca pelo papel reservado à religião cristã no mundo atual. Um desafio não muito diferente do que se impõe a bancos, escolas, sistemas políticos e todas as instituições que vieram da modernidade com a credibilidade arranhada. “As instituições estão todas sub judice”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie de São Paulo e pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão. “Ninguém tem dúvida de que espiritualidade é uma coisa boa ou que educação é uma coisa boa, mas as instituições que as representam estão sob suspeita.”
Uma das saídas propostas por esses pensadores é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional. Segundo eles, a igreja protestante (ao menos sua face mais espalhafatosa e conhecida) chegou ao novo milênio tão encharcada de dogmas, tradicionalismos, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica que Martinho Lutero tentou reformar no século XVI. “Acabamos nos perdendo no linguajar ‘evangeliquês’, no moralismo, no formalismo, e deixamos de oferecer respostas para nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchôa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. “É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo.”
“É lisonjeador saber que nos consideram ‘pensadores’. Mas o grande problema dos evangélicos brasileiros não é de inteligência. É de ética e honestidade” ·RICARDO AGRESTE, pastor da Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera, em Campinas, São Paulo
Uchôa lidera a maior comunidade anglicana da América Latina. Seu trabalho é reconhecido por toda a cúpula da denominação como um dos mais dinâmicos do país. Ele é um dos grandes entusiastas do movimento inglês Fresh Expressions, cujo mote é “uma igreja mutante para um mundo mutante”. Seu trabalho é orientar grupos cristãos que se reúnem em cafés, museus, praias ou pistas de skate. De maneira genérica, esses grupos são chamados de “igreja emergente” desde o final da década de 1990. “O importante não é a forma”, afirma Uchôa. “É buscar a essência da espiritualidade cristã, que acabou diluída ao longo dos anos, porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular pessoas. É contra isso que estamos nos levantando.”
No meio dessa busca pela essência da fé cristã, muitas das práticas e discursos que eram característica dos evangélicos começaram a ser considerados dispensáveis. Às vezes, até condenáveis (leia o quadro na última pág.). Em Campinas, no interior de São Paulo, ocorre uma das experiências mais interessantes de recriação de estruturas entre as denominações históricas. A Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera não tem um templo. Seus freqüentadores se reúnem em dois salões anexos a grandes condomínios da cidade e em casas ao longo da semana. Aboliram a entrega de dízimos e as ofertas da liturgia. Os interessados em contribuir devem procurar a secretaria e fazê-lo por depósito bancário – e esperar em casa um relatório de gastos. Os sermões são chamados, apropriadamente, de “palestras” e são ministrados com recursos multimídias por um palestrante sentado em um banquinho atrás de um MacBook. A meditação bíblica dominical é comumente ilustrada por uma crônica de Luis Fernando Verissimo ou uma música de Chico Buarque de Hollanda.

IV SEMINÁRIO PROFÉTICO DA REDE DE JOVENS E ADOLESCENTES
IMPACTO EVANGELÍSTICO FORTES E GUERREIROS - CABO FRIO/RJ
DISCIPULADO - VI ABRINDO CAMINHOS

CHAMADO, DISCIPULADO E COMISSIONAMENTO.

PARTE 2 – DISCIPULADO

Introdução

No estudo passado abordamos níveis de reprovação, ações e marcas de um chamado genuíno com conseqüências de provisão, fundamentação da palavra em nossas vidas e manifestação do sobrenatural de Deus, continuando o mesmo, entenderemos o discipulado de Cristo.

O discipulado é à base da visão de Cristo sobre o nosso nível de obediência, ou seja, amor, a vida no discipulado vai provar e mostrar em que níveis estão nossas vidas.

Quando observamos a sombra da movimentação de Cristo na antiga aliança através da vida de Moisés e o povo, vemos um povo sendo liberto do Egito representando a Páscoa e avançando no deserto para o propósito de Deus em suas vidas, mas o que deveria durar 40 dias como foi com Cristo pós a Páscoa demorou 40 anos, por que o povo estava debaixo de uma desobediência, ou seja, uma caminhada de discipulado no deserto baseada em desobediência.

Pessoas assim, como o povo no deserto, por não entenderem o discipulado nunca entendem o Reino, a Igreja, as pessoas, acabam caindo em descrédito, crises, pois até hoje não corresponderam primeiramente ao chamado de Cristo e o que era para ser estabelecido em tempo imediato, vai demorar bastante, voltas e voltas no deserto gerando no final morte.

Estamos vivendo um tempo de aceleração, Deus está realizando e levantando pessoas de forma muito rápida, mas não vemos um tempo de aceleração sem submeter – se ao discipulado. E quando falamos de discipulado, não falamos de submeter – se a uma pessoa e sim as ordenanças e ensino de Cristo através de uma pessoa.

Por exemplo, você poderia sentar em um carro e tentar aprender a dirigir sozinho, vai sofrer algumas batidas, vai demorar muito devido às dúvidas e etc… Mas, se você sentar em um carro ao lado de uma pessoa que lhe ensine, você vai aprender melhor e mais rápido. Por tanto, há uma ordenança liberada por Cristo, nesse período de 40 dias muito importante para entendermos o chamado genuíno da igreja, fazer discípulos:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. Mateus 28: 19 – 20.

È muito bom observarmos que a ordem de Cristo descreve não somente o ensino, mas também o batismo, pois o mesmo não significava apenas imersão total, morte para o pecado e nova vida, mas também submissão ao ensinamento ou doutrina.

Quando nos batizamos estamos dizendo “aceito a doutrina ministrada por essa igreja ou discipulador”, os fariseus batizavam os saduceus, Aristóteles batizava seus discípulos entre outros…

Quando Jesus aparece para ser batizado por João Batista, Ele esta dizendo eu aceito, eu me submeto à doutrina ou ensinamento de João Batista, que era o evangelho do Reino de Deus.

O intuindo desse trabalho é gerar discípulos que vivam o ensinamento de Cristo gerando um povo com uma só linguagem, uma só força e intenção. Vamos entender como Jesus fez isso com os discípulos antes do comissionamento.

Processo de Restauração no Discipulado

1. 1. Escolhas e Prioridades

“E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram. Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.” Mateus 4: 19 – 23

Vimos no estudo, Lucas nove, homens fazendo auto-convites, escolhendo voltar para despedir – se de sua casa, enterrar seu pai, representando prioridades, conceitos de paternalismo e estruturas religiosas que não estão relacionadas a Cristo e o avanço do Reino de Deus, com isso, estudamos pessoas que criam ciclos ministeriais em suas vidas sem propósitos, ciclos que começam e não terminam, mais uma vez pessoas frustradas.

Os discípulos, citados no versículo acima, souberam fazer a escolha certa, largaram tudo para seguirem a Jesus, iniciando um tempo maravilhoso de ensino, comunhão, milagres, o discipulado de Cristo, pois foram chamados pelo Senhor, percebe que estavam debaixo do mesmo processo citado em Lucas nove, pai (conceitos de paternalismo), casa (estruturas religiosas), barco e vida orgânica (mentalidade e segurança), mas as suas escolhas foram diferentes, os mesmos decidiram seguir a voz do Mestre, o que Jesus tinha para oferecer, não as suas próprias forças e experiências.

1.2. Mudança de Mentalidade

Todo o povo estava ligado há uma mentalidade religiosa, tinham um Deus, mas nunca entenderam os propósitos desse Deus instituído na Lei (Torá) no inicio. Observamos isso em Mateus cinco.

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”. Mateus 5:17

Revogar, grego kataluo, significa destruir, abolir, anular.
Cumprir, grego pleroo, significa trazer a plenitude, completar, trazer pleno entendimento.

Jesus não está trazendo nada novo, na verdade está trazendo a plenitude do entendimento da lei, mudando a mentalidade estruturada em dogmas, preceitos e leis humanas.

Poderíamos citar vários exemplos nos evangelhos, mas vamos observar essas mudanças do entendimento em Lucas 5:33 – 39.

“Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os dos fariseus freqüentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão. Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam. E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente”. Lc 5: 33 – 39

Essas representações citadas por Cristo expressão uma preparação, após o chamado há uma preparação no discipulado, é muito bom abordar isso, pois as maiorias das pessoas foram ou estão machucados devido ao mau discipulado, esses estudos precisam fazer você analisar se o discipulado de Cristo na pessoa do Espírito Santo está funcionando em você, pois quando isso começa a funcionar em sua vida, você não se submete a ninguém que não tenha vida no Espírito.

Algumas pessoas quando encontram o rotulo do vinho novo, começam a achar que o vinho velho não presta mais, acham que o novo veio destruir o velho, exemplo,

“Tenho uma nova visão que vai mudar a história desse povo, abandonem tudo…”

Há apenas um equilíbrio, não estamos trazendo um tempo novo de discipulado, estamos apenas vivendo, crescendo juntos debaixo do ensinamento de Cristo, que explica aquilo que Deus já tinha revelado antes de tempos eternos e o homem nunca entendeu… Sabendo que aquilo que o homem não entendeu, mas institui de maneira errada (odres velhos), não pode receber vinho novo, precisa – se de odres novos (nova mentalidade) para um vinho novo.

Felicidade no Discipulado de Cristo

Essa felicidade começa quando levantamos princípios, e esses mesmos já foram revelados e Mateus cinco nas bem aventuranças, a expressão “bem-aventurado” é a mesma para “feliz”, estas são atitudes fundamentais que, quando possuídas e experimentadas, trazem grande satisfação.

No sermão da montanha Cristo ensina aos discípulos princípios para uma caminhada ministerial genuína e feliz, há anos visualizávamos Cristo ensinando isso à multidão, mas preste bastante atenção no que diz o versículo abaixo:

“Vendo Jesus às multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo:” Mateus 5: 1 – 2

Nota que o famoso ensino do sermão da montanha, foi apenas para os discípulos, ou seja, os oitenta e dois. A receita para felicidade é para aqueles que querem ser discípulos de Cristo.

“Felizes os pobres no espírito, porque deles é o reino dos céus”. Mateus 5: 3

À primeira vista poderíamos imaginar que esta expressão se refere àqueles que têm pouco ou nenhum dinheiro. William Barclay, uma grande autoridade em Grego, diz:

“… no contexto judaico a palavra ‘pobre’ era usada para descrever o humilde e o homem sem nenhuma ajuda que colocava toda a sua confiança em Deus”.

Esta é uma atitude de absoluta humildade. E uma promessa especial segue esta primeira atitude “… porque deles é o reino dos céus”, portanto, a primeira atitude na vida de um servo autêntico é uma profunda dependência e confiança no Deus vivo. Para alinhar esse versículo ao que estamos escrevendo, leia abaixo o que o Senhor diz a Jeremias:

“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”. Jeremias 17: 5 – 10

“Felizes os que choram, porque serão consolados”. Mateus 5:4

Atualmente há sobre nós uma mentalidade de que para sermos espirituais não podemos expor nossas fraquezas, dores e aflições, entenda que o termo grego que Mateus usa traduzido por “chorar” é um dos mais fortes termos para este contexto.

Esta palavra aparece em outras passagens como II Co. 12:21 onde nos diz que o Apóstolo Paulo “chorou” por muitos que pecaram. Este termo cobre várias idéias como o sofrimento de um coração quebrado, a dor da alma, a mente angustiada, podemos incluir algumas idéias que expressão isso:

• Chorar sobre as coisas erradas no mundo,
• Chorar sobre as perdas pessoais,
• Chorar sobre os próprios erros e pecados,
• Chorar sobre a morte espiritual ou natural de alguém próximo. Sobre todos esses momentos, nos quais, necessitamos passar como discípulos há uma ação poderosa no Espírito, seremos consolados.

“Felizes os mansos, porque herdarão a terra”. Mateus 5:5

O terceiro principio que Jesus inclui neste discipulado é a mansidão. Novamente podemos ter uma impressão errada desta expressão. Nós pensamos que “bem-aventurados são os fracos porque eles serão capachos dos outros”.

Mas a palavra “mansidão” possui significados completamente diferentes de “fraqueza” e “subjulgamento”. Alguns significados da palavra mansidão:

• Um animal selvagem que tenha sido domesticado, trago sobre o controle, é descrito como sendo “manso”. • Palavras cuidadosamente escolhidas para acalmar emoções estressantes são referidas como palavras “mansas”.

Algumas expressões que explicam melhor a palavra manso:

“tendo o forte sobre controle”, “sendo calmo e pacifista quando rodeado por uma atmosfera esquentada”, “emitindo um efeito calmo naqueles que estão nervosos ou talvez sobre eles mesmos”, “possuindo tato, graça e cortesia que faz os outros reaverem suas auto-estimas e dignidades”.

Para esses há herança nessa vida, a terra.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Mateus 5: 6

Quando leio esse texto, vejo posicionamento, pessoas sedentas, famintas por tudo que é certo, mesmo vivendo em uma sociedade corrompida, egoísta que está cega diante todas as impurezas que regem a Terra, um povo injusto.

Jesus quando ensina essa justiça, não está falando de nenhum movimento político ou econômico, pois todo aspecto das bens aventuranças são espirituais.

Jesus está ensinando aos discípulos a se posicionarem com muita paixão por justiça, justiça de Deus…

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Mateus 5:7

O termo “misericórdia” refere-se à pessoa em necessidade. É a ministração aos miseráveis.

O oferecimento de ajuda voluntária para aqueles que feridos e sofredores estão sobre as desgraças das adversidades da vida.

Podemos definir que misericórdia:

• Não significa simpatizar-se com a pessoa no sentido popular do termo;
• Não significa simplesmente sentir pena de alguém em dificuldade;
• Não é uma simpatia exterior pelo próximo, mas algo que brota deliberadamente do interior nos identificando com a dor do outro até vermos as coisas como o próximo ver e sentirmos as coisas como ele está sentindo;
• Isto é muito mais to que um aceno emocional de piedade; demanda um esforço deliberado na mente e vontade. O seu senso se justiça vai mudar, ao entrar na casa de um faminto, não ofereça apenas uma oração, dê comida, bebida, sacie a necessidade do seu próximo, seja justo!

O livro de Tiago expressa muito bem esse termo:

“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. Tiago 2:14 – 17

Os verdadeiros discípulos cuidam, importam – se, envolvem – se. Se necessário se “sujam”, oferecem muito mais que palavras, oferecem vida.

“Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”. I João 3:17 – 18

O que eles recebem em troca? “… alcançarão misericórdia”.

Misericórdia é “contagiosa”. Deus promete que aqueles que demonstrarem misericórdia, receberão misericórdia. Esse pagamento em dose dupla vem de Deus, que tem prazer em ser misericordioso.

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”. Mateus 5:8

Assim como o pobre de espírito, o limpo de coração trata diretamente do homem interior.

Não apenas fazer o certo, mas fazer para razão certa. Ser liberto da duplicidade, hipocrisia e engano, Cristo deseja que os seus discípulos sejam pessoas reais.

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”. João 4:23

Jesus ensina a verdade em palavras e atitudes, mas na mesma época havia homens religiosos que exigiam pureza no coração dos outros, mas seus próprios corações eram enganosos. Em Mateus 23, Jesus trata de forma dura essas características.

Vamos ver algumas dessas características nesses religiosos:

• Eles eram grandes em governar, mas pequenos em santidade – Governo sem santidade pode se tornar tirania.
• Eles eram grandes nas expressões externas, mas pequenos internamente;
• Eles eram grandes nos mandamentos públicos, mas pequenos na obediência pessoal;
• Eles eram grandes na aparência, mas pequenos na realidade.
• Eram sepulcros caiados que pareciam homens justos por fora, mas morte e podridão por dentro.

Discípulos e discipuladores que são puros de coração não possuem máscaras e Deus os premia com bênçãos especiais advindas dos céus, esses verão a Deus.

“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. Mateus 5:9

Interessantemente esta é a única vez no Novo Testamento que esta palavra grega, eirenopoios, “pacificadores” aparece.

Vamos entender o que não é pacificador:

• Pacificador não significa, “Bem-aventurados são aqueles que evitam todo tipo de conflito e confrontações;”
• Pacificadores não significa, “Bem-aventurados são aqueles que recuam e que são fáceis de lidar.”
• Pacificadores não significa, “Bem-aventurados são aqueles que defendem a paz a qualquer filosófico preço”.
• Pacificador não significa, “Bem-aventurados são aqueles que comprometem suas convicções quando estão rodeados daqueles que discordam deles”.

Vamos ler alguns versículos que tratam o assunto:

“Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 12:18

“Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.” Romanos 14:19

“Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.” Tiago 3:16-18

“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” Efésios 4:2-3

O que significa Pacificador?

Primeiramente, um “pacificador” é o servo que está em paz consigo mesmo – internamente, não agitado, não doente em seu temperamento, não abrasivo.

Em segundo lugar, ele trabalha duro para assentar as discórdias, não começá-las. É aquele tolerante que não tem prazer em ser negativo, mas busca sempre uma palavra positiva para transformar a tensão e calma.

Vamos ver o que Salomão diz:

• Eles são construtores

“Toda mulher sábia edifica a sua casa…” Pv. 14:1

• Eles vigiam suas línguas e curam ao invés de machucar

“A resposta branda desvia o furor…” Pv 15:1

“As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” Pv 16:24

• Eles são devagar em se enraivecer

“O homem iracundo suscita contendas, mas o longânime apaziguará a luta.” Pv 15:18.

“Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Pv 16:32

• Eles são humildes e confiantes

“O orgulhoso de coração levanta contendas, mas o que confia no SENHOR prosperará.” Pv 28:25

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós”. Mateus 5: 10 – 11

Todas as vezes que lemos a expressão “perseguido” o quadro que nos vem à mente é o dos cristãos dos primeiros séculos que foram perseguidos e mortos por amor do Evangelho. O Livro de Hebreus trata muito bem disso:

“outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11: 36 – 40

Obviamente a palavra perseguido significa “perseguição física”, e, diga-se de passagem, há muitos cristãos sendo perseguidos em nossa geração em países nos quais a pregação do Evangelho é proibida. Mas, a palavra “perseguido” é muito mais abrangente, nós vivemos num mundo que “jaz do maligno”, num sistema moldado por valores tortos e inimigos da santidade.

Quando vivemos uma vida piedosa e comprometida com o discipulado de Cristo certamente enfrentaremos perseguições que podem se diferenciar em físicas, emocionais, sociais e espirituais desses é o Reino dos Céus.

Bibliografia: Apostila Jorge Luiz Patrocínio – Saint Louis/MO

O texto das bem aventuranças resume um padrão de discípulos e nos ensina a cuidar de pessoas e nos reconhecer, então dentro do que você leu acima, identifique – se, pois na identificação que estão os melhores frutos.

Discipulado positivo, onde está o seu Onésimo?

Vamos ver o texto que resume um discipulador e o resultado de um discípulo, muita gente não lê o Livro de Filemon, mas esse livro é a maior expressão de um discipulado positivo, pois muitos resultados de discipulado são negativos, Judas foi um caso desses…

Em Filemon encontramos a essência de um discipulado depois de Cristo, Leia abaixo a expressão alegre de Paulo sobre o seu discípulo Filemon, pois o mesmo fez um trabalho árduo na vida de pessoas e no pior momento de sua vida, as portas da morte, o prazer de viver já não está na sua própria vida e sim na vida do próximo. Compreendo que o resultado final na vida no discipulado é começar a ter alegria na vida do outro.

“Dou graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações, estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos, para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo bem que há em nós, para com Cristo. Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio”. Filemon 1:4 – 7

O prazeroso é que quando a vida se torna distante para o discipulador o mesmo vai ver o resultado da vida dele na vida de outros. Por tanto, nós discipulamos pessoas para que a vida delas torne – se o motivo da nossa alegria e a manifestação da nossa obediência em Deus. Trabalhe para que aja um agradecimento de Deus, por ver pessoas avançando no Reino.

Todo o discurso acima das bem aventuranças foi para gerar em nós uma maturidade, no qual, encontraremos os nossos Onésimos, leia abaixo:

“Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas. Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração”. Filemon 1:8 – 12

Os Onésimos são aqueles problemáticos que cruzam os nossos caminhos, roubaram, traíram, caluniaram, trouxeram contendas, mas depois de um tempo de discipulado passam a ser úteis tanto para igreja como para lideres.

Quantos Onésimos vocês tem se dedicado?

Que toda essa palavra torne – se pratica na sua caminhada cristã, não espere o momento certo ou ideal, apenas gere discípulos em tempo e fora de tempo, Onésimo foi gerado em meio às algemas como prisioneiro e Paulo estava lá… Esse foi o tempo que mudou a vida dele e o tornou útil para avançar no Reino juntamente com Filemon, quebrando todos os limites dos sentimentos humanos. Talvez, Onésimo tenha sido para Paulo o vinho mais precioso, pois foi gerado em tempos difíceis, talvez você esteja em uma caminhada no deserto muito difícil, mas procure os Onésimos, pois eles serão resultados e frutos da sua própria vida em Jesus.

Viva hoje o discipulado de Cristo, para que Ele não comente na eternidade: “Todas as ovelhas que vieram a Mim, Eu não perdi nenhuma delas, se você é Meu discípulo, por que perdeu as que Eu enviei?”


Continua…


Por Marcos Felipe e Alexandre Pilar
Digitalizado por Marcos Felipe

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